
Em termos de imagem, decreto de calamidade é questionável
Medida tem repercussão nacional e gera apreensão entre turistas

Na entrevista coletiva de sexta-feira (24), o prefeito Nestor Tissot (PP) surpreendeu os jornalistas e anunciou que havia editado um decreto de calamidade pública no dia anterior. O decreto tinha o objetivo claro de permitir a abertura de portas de Brasília para a vinda de recursos para obras de reconstrução dos lugares atingidos. Nestor, aliás, vai nesta segunda-feira (27) para a Capital Federal com este objetivo.
A edição do decreto teve ampla repercussão nacional, e alguns empresários questionam a medida do ponto de vista de imagem para Gramado. Justamente em um momento em que há um esforço em divulgar que os atrativos da cidade funcionam normalmente.
Desde quando começou a divulgação sobre as rachaduras, deslizamentos e desmoronamentos provocados pela chuva gigante dos dias 17 e 18 deste mês, os turistas com viagens programadas para Gramado começaram a ficar com medo. O fato foi agravado com as fake news nas redes sociais. Com a calamidade pública, os empresários tomaram uma ducha de água fria, pois agravou a preocupação sobre a vinda de visitantes na alta temporada de turismo capitaneada pelo Natal Luz.
A administração municipal sentiu, e já no sábado (25) lançou uma nota tentando contemporizar o decreto. Nela, o Executivo diz que a medida "refere-se apenas aos locais em que houve registro de desmoronamentos, fissuras ou desabamentos, indicados no anexo do Decreto". "A área central do município e todas as demais áreas que não foram atingidas, seguem com as atividades turísticas, comerciais e de eventos em andamento. A programação do 38º Natal Luz de Gramado também ocorre normalmente", finaliza a nota da Prefeitura.
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