
Aprovação do Club Med irá demorar mais do que esperam

Na semana retrasada eu acompanhei, no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, o lançamento do Club Med Gramado. Os detalhes sobre o que pretendem os empreendedores na área de 205 hectares do Mato Queimado, este colunista passou através de seu site, redes sociais e Gramado TV.
Nem tudo, porém, será na velocidade esperada pelos empreendedores, que em determinado momento falaram em abrir ao menos uma parte do empreendimento em 2025. Longe disso, a aprovação final deve demorar, no mínimo três anos.
A área onde será erguido o empreendimento está inserida na Zona Norte de Gramado, e depende de estudos por parte do município para elaborar a nova centralidade da região. Pelo que apurou a coluna, um estudo foi encomendado para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que terá sete meses para fazer a entrega. Tal situação é obrigatória pelo Plano Diretor de Gramado, aprovado no ano passado, e que teve fundamental contribuição da área de urbanismo da mesma UFRGS.
Do ponto de vista logístico, a escolha da área é perfeita. Está a poucos quilômetros de Gramado e Canela. Do ponto de vista ambiental a área não tem problemas de vegetação, mas possui um manancial hídrico expressivo, o que deve exigir estudos mais aprofundados. Pelas dimensões da área, o licenciamento terá que ser feito pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fepam), que é um órgão eminentemente técnico, pouco afeito a pressões políticas, e que tem um histórico de respeito por mananciais hídricos.
Além da questão ambiental, o projeto exigirá várias audiências públicas na Câmara de Vereadores.
Como não fosse o bastante, até o momento o projeto arquitetônico não deu entrada na Secretaria do Planejamento de Gramado. Resumindo para não torrar a paciência do nobre leitor: a obra não inicia antes de 2026.
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