
Comunicação do Gabinete de Crise falha em momento importante
Falta de frequência de informações prejudica comunicação com a população

Procurando não repetir os graves erros de comunicação ocorridos na crise das chuvas de novembro, o prefeito Nestor Tissot (PP) resolveu concentrar neste novo episódio as informações em um Gabinete de Crise, cujas porta-vozes são a Procuradora-Geral do Município, Mariana Reis (PP) e a secretária do Meio Ambiente, Cristiane Bandeira. Até aí, tudo bem. Qualquer manual de crise sugere eleger um ou dois porta-vozes.
O problema é a falta de informações mais frequentes, já que os cenários mudam a todo o momento, em função de deslizamentos e rachaduras em vias e em prédios. O Paço Municipal acha que um vídeo no final da tarde, com parcas informações, são suficientes. Não são, e as dezenas de indagações que recebo da população são provas disso.
Com a falta de informações, o colunista liga para o Coordenador da Defesa Civil para saber a localização do deslizamento na Linha Quilombo. Ele diz apenas um "não sei". Pergunto à secretária do Meio Ambiente sobre o resgate de mais uma vítima fatal no deslizamento de Pedras Brancas, dizendo inclusive o nome. Há visualização da mensagem, mas nada responde. Falo com o Coordenador de Comunicação e este me responde que não haverá boletim neste sábado (4). O próximo será somente na segunda-feira (6). Até mesmo um funcionário da Secretaria de Cidadania impede a filmagem das doações em um local de recolhimento, o que poderia gerar mais engajamento solidário.
Resumo: está faltando uma coisa básica em uma gestão de crise que é transparência. A população está angustiada e quer estar bem informada. Não basta dizer para procurar os canais oficiais da Prefeitura, se esses estão com um delay de mais de 24 horas. A dor de todos, atingidos diretamente ou não, é agora. Não amanhã.
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